Farewell, Mrs. Fobé

E ela se foi, com seu coque banana, seus passos rápidos e seu humor incrível, para dançar novamente “cheek to chest” com o grande Mr. Fobé e discutir diretamente com uns poetas algumas sugestões que ela andou pensando enquanto estava por aqui. A querida professora Nair Leme Fobé nos deixou semana passada, e passei o fim de semana pensando nela.

Eu a conheci lá na PUC da Barreto Leme, em 2004. Por meu pai também ter sido seu aluno, ela me chamava de sua “neta pedagógica”. E, ao receber a notícia de seu falecimento, foi um pouco assim que me senti.

sony_cassetteAlém das aulas de Leitura e Produção em Língua Inglesa, com nossas transcrições e gravações em K7, e das aulas de Literatura Inglesa recheadas de deliciosos poemas e discussões, foi ela quem abriu as portas e me mostrou o mundo da tradução. E foi ali que me apaixonei.

hemingway_paO primeiro texto que traduzi foi em sua aula, e chamava-se “A Peach of a Language“. O último texto que estudamos juntas em Literatura foi “A Clean, Well-Lighted Place“, do Hemingway, e é isso que desejo que ela encontre. Quatro anos com o privilégio de aprender com ela foram pouco pelo tanto que eu ainda queria poder ter aprendido.

pile-of-booksDepois de 45 anos de Puc-Campinas, muitos ex-alunos devem estar se sentindo como eu, meio sem saber como fica o mundo sem a Fobé. Espero que cada um deles lembre-se de uma de suas tiradas afiadas ou de uma de suas aulas, para que ela fique entre nós mais um pouco e ganhe seu lugar entre as figuras míticas, onde só quem é inesquecível consegue estar.

Obrigada, querida Fobé. Que falta você fará!

Google Translator: Da Preguiça à “Esperteza”

Human-Vs-Machine-Translation-ServiceMeu amigo Renato, da Acorde Cultural, me pediu que escrevesse para seu blog sobre o tema “Como serão os eventos com Tradutores Simultâneos de Voz? Até que ponto poderemos substituir as pessoas?” (depois coloco aqui o link).

Achei uma reflexão bem válida, e ela acabou me levando a pensar sobre como as pessoas fazem uso do Google Translator.

Existem dois casos: aqueles que o usam como dicionário (os preguiçosos) e aqueles que o usam como uma forma de economizar (os “espertos”).

Para o primeiro grupo, meu conselho é que vocês procurem um bom dicionário bilíngue online (sugestão: wordreference ou cambridge). Seu trabalho será o mesmo, mas vocês terão uma lista de sinônimos, expressões idiomáticas e exemplos. Melhor do que usar a primeira palavra que aparece no Google Translator. Lembre-se de que o contexto altera totalmente o sentido das palavras. Veja o exemplo a seguir:

Que Padre

A expressão em espanhol “que padre”, tipicamente mexicana, significa “que legal”. Mas olhe como o Google Translator a traduz!

Quer mais exemplos? Veja outra expressão e uma frase mais complexa:

A tradução não é esta. Uma expressão com sentido semelhante seria:

A tradução não é esta. Uma expressão com sentido semelhante seria: “dive in with both feet”.

A frase em inglês está truncada e incorreta. Uma tradução para a frase seria:

A frase em inglês está truncada e incorreta. Uma tradução para a frase seria: “A discussion based on unquestionable evidence”.

Viu?!

Agora, sobre o segundo grupo: Há pessoas que, para não gastar com a tradução de seu texto, têm a brilhante ideia de jogá-lo no Google Translator e, depois, enviá-lo apenas para revisão. E juram que são os mais espertos do mundo e que o revisor é um mentecapto e nem vai notar…

A verdade é que, antes de terminar o primeiro parágrafo, um tradutor profissional já consegue saber se o texto foi escrito em inglês, traduzido para o inglês ou se é obra do Google Translator.

O problema é que organizar a bagunça dá mais trabalho e leva mais tempo do que refazer a tradução. Sem contar a raiva de notar como as pessoas estão sempre buscando uma forma de tirar vantagem sobre o trabalho alheio. Não é justo, não é ético e não dá para aceitar!

Então, usar essa ferramenta de tradução como um quebra-galho, desde que com parcimônia e ética, é válido e pode ajudar. A memória de tradução do programa vai sendo aprimorada; ela já está bem completa e funciona bem em vários casos. O problema é quando ela não funciona tão bem ou quando você não usa a sua ética. Tenhamos critério!

A Criança Alfabetizada Aprendendo um Idioma

Já escrevi há algum tempo sobre o Adulto aprendendo um Idioma (leia aqui), mas hoje quero falar sobre como é essa experiência para a criança entre 8 e 12 anos.

Aprender pode (e DEVE) ser prazeroso.

Aprender pode (e DEVE) ser prazeroso.

Esta idade é ótima para dar início aos estudos de idiomas, pois há toda a flexibilidade cerebral de uma criança + a alfabetização, que possibilita ao professor usar uma gama mais ampla de estímulos e técnicas, uma vez que a leitura já pode fazer parte do processo.

Muitas escolas já oferecem em sua grade o inglês e o espanhol, porém faço uma ressalva quanto aos estilos de aula. Numa turma de 20-30 alunos, o tipo de aula que se é possível proporcionar é diferente do tipo de aula em grupos menores, numa escola de idiomas, por exemplo. O tipo de dinâmica possível em grandes grupos é limitado e o foco normalmente está no cronograma apertado e nas provas.

Não é para ser tão difícil!

Não é para ser tão difícil!

A experiência, neste ambiente, pode ser muito positiva. Entretanto, também pode ser frustrante. O aluno que tem alguma dificuldade pode ficar desestimulado, criar um bloqueio e passar o resto da vida achando que nunca vai conseguir aprender o idioma.

Já tive tantos alunos adultos que chegam à aula falando que ODEIAM inglês, quando, na verdade, odiavam um determinado professor ou o sentimento de frustração que em algum momento de sua vida escolar sentiram com relação ao idioma. E o coitado do inglês não tem nada com isso…

A criança desta idade, em geral, ainda não tem bloqueios e não tem medo de se expor e errar (em comparação aos adultos). Isso é um grande impulsionador de aprendizado.

Além disso, temos a possibilidade de brincar com o lado lúdico sem nos sentir ridículos. Criança topa sentar no chão, recortar e colar, fazer mímica, cantar e arriscar os Tongue Twisters (trava línguas) mais complicados sem medo do que vão pensar dela.

Toda esta experiência multissensorial é extremamente enriquecedora para a aquisição de uma segunda língua. Quanto mais estímulos e quanto mais variadas as fontes de estímulo, mais rica a experiência e mais completo o resultado.

Em minhas aulas, eu não uso tradução. Com crianças, eu consigo fazer com que elas entrem na minha e brinquem de “não falar português” sem resistência. Adulto já resiste muito mais…

E as mímicas, desenhos, caretas e qualquer outro recurso disponível fazem com que o cérebro da criança registre o sentido de uma palavra em inglês sem precisar associá-la ao português. Isso é o que vai garantir uma ótima produção oral.

Sem contar que criança consegue reproduzir sons com mais neutralidade. Adulto quer entender o que está ouvindo, quer ver a palavra escrita e, só depois, repetir. Ou seja, já há vários filtros no meio do processo. Sendo que a criança consegue repetir qualquer palavra que eu disser, sem nem perguntar o que ela significa. Ponto positivo para a pronúncia!

Veja os sinais e ajude seu filho!

Veja os sinais e ajude seu filho!

Então, se você puder, invista em aulas de inglês para seus filhos. E mantenha os olhos abertos para como eles estão reagindo às aulas da escola. Veja se eles estão se frustrando ou se estão com dificuldades que não estão apenas relacionadas à matéria, mas talvez ao estímulo inadequado. Quanto antes essas frustrações forem remediadas, melhor para o aprendizado do seu filho.

Se a Crítica É Inevitável…

criticism-stick-figureNão há como escapar da crítica. Ela vem de onde não deve, por quem não tem moral nem liberdade para fazê-la, vem de quem não te conhece e não está na sua pele para julgar suas escolhas. Ela vai te chatear e te tirar o sono. Vai ser injusta, dura e não construtiva. Porém, ela vai sempre existir!

Se você engordar, vão te criticar. Se emagrecer, também. Se casar ou separar-se, também. Se sair do país ou se ficar, também. Se gostar de cachorro ou se não gostar, também.

Seja você muito bom, muito ruim ou mediano. Não importa. Sempre haverá alguém disposto a se achar no direito de falar sobre você e avaliar sua vida, suas medidas, sua aparência, seu gosto, sua carreira.

A questão é: quanto VOCÊ deixa esse tipo de crítica abalar sua autoconfiança? Você permite que ela o atinja e mude sua forma de se ver?Criticism-pic-2

Uma vez, meu pai me ensinou algo que foi, de certa maneira, libertador: a única pessoa com a qual você conviverá durante toda sua vida é você mesmo. Então, se você não quer conviver um canalha, não seja um.

É com quem você vai encontrar todos os dias no espelho que você deve se preocupar. Seja a pessoa com a qual você teria orgulho de conviver e deixe de lado o que os outros pensam. Eles nunca vão saber sua história toda; e, para quem está de fora, nós nunca seremos bons o suficiente. Liberte-se da opinião dos outros, mas não seja relapso com sua própria. Só você sabe o caminho que percorreu. Escolha um que o faça ter orgulho.

Tudo Aquilo Que Não Queremos Ouvir

Você também começa o ano achando que, ao iniciar um calendário novo, tudo vai ser diferente? Pois, então, tenho más notícias para você!

As coisas eu vou dizer não não são lá muito bacanas, mas também não são nenhuma novidade. O problema é que, pela conveniência, preferimos ignorar as verdades que não nos convêm.

4186-4127#1 – Você não vai perder peso nem entrar em forma tomando sucos e seguindo dietas ou programas de exercício malucos que prometem “barriga sarada em 2 semanas com 10 minutos de exercício por dia”! Vai ser preciso suar bem mais do que isso!

#2 – Não se engane! Tomar refrigerante light ou diet é tão ruim quanto o normal. Suco industrializado não é suco! Se você quer tomar algo saudável de verdade, tome água!

#3 – Cuidado com seus vícios e sua vaidade. Redes sociais e joguinhos podem ser alguns de seus vícios. Neurose com maquiagem, cabelo ou peso podem ser excesso de vaidade. E, por mais inocente que seja, nenhum deles é bom. Equilíbrio é fundamental.

#4 – Não acredite que os outros em volta de você mudarão. Mude você a sua atitude, o seu ponto de vista ou as suas companhias!

#5 – Prometa que você não vai ver o BBB! Conte quantas horas por dia você está perdendo em frente da TV e descubra algo melhor para fazer com esse tempo, mesmo que seja dormir. Vá ler, fazer um curso online, levar o cachorro para passear…

#6 – Você quer algo melhor para sua vida? Em vez de acender vela, jogar na Mega Sena ou, simplesmente, choramingar, levante e vá à luta! Se você não arriscar, nunca vai saber.Janet_Leigh_Psycho_Hitchcock

#7 – Você é SIM o que come. Comer coisas saudáveis é um ato de carinho ao seu corpo. Pense na gordura e no açúcar que você ingere todo dia convertidos em colheres de sopa de óleo ou de açúcar refinado e se imagine ingerindo-as de uma vez. Talvez isso te ajude a repensar algumas escolhas alimentares.

#8 – Seu corpo é uma máquina. Tudo nele está relacionado. Cuidar da alimentação e fazer exercícios é só uma parte da manutenção. Cuidar de suas emoções e pensamentos também é importante. Assim como as colheres de açúcar refinado, pense se você quer produzir certos venenos em seu próprio organismo e escolha quais sentimentos você merece ter.

1400953688683#9 – Não seja vítima de modismos. Não repita expressões só porque todo mundo está falando, não use roupas só porque todo mundo está usando e não tenha atitudes que todo mundo está tendo. Não é porque todos fazem algo que isso passa a ser correto. Quebre o padrão!

#10 – Tenha ética, respeito e integridade mesmo quando ninguém está olhando. É nesse momento que descobrimos de que somos feitos de verdade.

Acredite, tudo isso foi para te desejar um 2015 maravilhoso! E que, em dezembro deste ano, você possa dizer com orgulho que VOCÊ foi diferente!

Organize-se Antes de Começar um Curso de Idioma

Se você finalmente decidiu criar coragem, sair da inércia e começar um curso de idiomas, não se esqueça de que você precisará de algumas coisinhas para chegar ao sucesso. Usarei o inglês como exemplo, mas isso se aplica a qualquer idioma:

1. Saiba o que você quer e onde quer chegar.

darts-155726_1280Começar um curso de inglês porque você quer “aprender a falar inglês” é muito geral. Depois da primeira aula, você sabe dizer seu nome e, teoricamente, está “falando inglês“. Por outro lado, você pode passar 3 anos estudando e não sentir que realmente fala. “Saber falar inglês” é uma medida subjetiva e extremamente pessoal. Você precisa refletir e definir melhor seu objetivo, que pode ser:

  • Conseguir participar de uma reunião de negócios em inglês.
  • Viajar para um país falante de inglês e conseguir se comunicar para as atividades básicas de um turista.
  • Conseguir entender o seriado que você gosta sem precisar da legenda.

Não importa qual seja seu objetivo, desde que ele esteja claro para você!

2. Saiba estudar.

Como seu cérebro aprende? Como funciona sua memória? O que o motiva? Como organizar seu material, anotações e lições para obter o máximo de resultado do curso que você está pagando? Estas são questões relevantíssimas. Sem elas, você acabará participando das aulas e acreditando que só isso é suficiente. Não é!

3. Saiba medir seu aprendizado.

number-92412_1280Os odiados exames ao longo do seu curso não são apenas uma chance de o professor usar de sua tirania e deixar seus alunos nervosos. Eles servem para os alunos medirem quanto apreenderam do conteúdo. E mais, em se tratando de alunos brasileiros, é uma forma de forçá-los a estudar. Sendo assim, aproveite a chance e faça seu melhor. Não para a nota, não para o professor, mas para você mesmo.

4. Saiba o que o motiva.

Ter atividades desafiadoras e competitivas? Ter atividades em que o idioma se mescla com seu hobby? Aplicar o idioma em seu dia a dia? Você, melhor que ninguém, pode fazer essa autoavaliação e prover o combustível de que precisa.

5. Saiba tirar o melhor proveito de seu professor.

apple-256261_1280Ele está lá para oferecer momentos de aprendizagem. Ele está louco para saber o que você precisa e como ele pode ajudá-lo. Fale com ele, reflita com ele sobre seus objetivos, sua evolução e sua motivação. Ele é seu maior aliado durante o aprendizado e pode ver algo que você mesmo não está conseguindo ver. Tire proveito disso!

No fim das contas, como já falei em outros textos, não há fórmula ou pílula mágica. Há trabalho e determinação. Tudo depende de você. Comece hoje e você chegará ao seu objetivo um dia antes!

Não Existe Tônico Contra Tristeza

Quantas vezes você já não foi a uma loja de artigos esportivos e prometeu a si mesmo que, depois que comprasse o tênis/ a esteira/ o colchonete/ a bicicleta, sua vida ia mudar e você abandonaria todos os maus hábitos e o sedentarismo e se tornaria uma pessoa melhor?

Quantas vezes isso virou realidade?

Quantas vezes você já pensou que, quando encontrasse um(a) namorado(a) ou conseguisse um salário melhor, seria finalmente feliz?

Quantas vezes isso realmente a(o) fez feliz?Felicidade em Gel

Fazer promessas querendo coisas melhores é ótimo! O problema é pautá-las por aspectos externos.

Esperar que o mundo nos mude de fora para dentro é um erro comum, mas grave. Nenhum creme vai fazer você emagrecer, assim como nenhuma roupa vai fazer você mais feliz. Simplesmente porque as causas estão dentro, por baixo da pele, onde só você tem acesso.

É como dieta! Se você ficar esperando criar coragem para perder peso impulsionada(o) pela vontade de caber no manequim 36, serão diversas tentativas sem êxito! Porque a ânsia de obter resultados e a decepção de eles não serem atingidos assim tão fácil nos fazem desistir nos primeiros dias.

Agora, se você se impulsionar por algo mais interno, como a preocupação com sua saúde, com a vontade de se sentir melhor dentro de sua própria pele, sem esperar que aquela calça jeans volte a servir depois de apenas uma semana, sua chance de sucesso será maior.

E isso se aplica a tudo. Antes de querer que o mundo mude você, mude você mesmo o seu mundo!

Para quê??

Só eu acho que há gente demais no Facebook postando coisas estranhas? É balde de gelo, é foto sem maquiagem, é raspadinha… Eu só queria saber a razão dessa massiva movimentação para lugar nenhum!

Question-mark-quizzes-19322071-566-848Primeiro: O tal do desafio do balde de gelo não tinha, em sua origem, algo relacionado com uma instituição? Acho que essa relação há muito se perdeu…

Segundo: Que minhas amigas que postaram fotos sem maquiagem me perdoem, mas grande coisa! Grande coisa mesmo! Que efeito deveria ter sua foto ao natural? Chocar a todos, pois maquiagem é tipo máscara (ou os óculos de grau de Clark Kent) e você, sem ela, se torna irreconhecível? Ou simplesmente arrancar elogios (que, em minha opinião são sempre questionáveis) e comentários dizendo que você é linda de qualquer jeito? Ah, vá!

Terceiro: Não sei qual é a da raspadinha, mas pelo que li é uma tal de corrente. O que acontece se alguém quebrar a corrente? Ficará pobre? Morrerá? A loira do banheiro aparecerá à noite e roubará sua alma? Espero que roube seu login do Facebook, isso sim!

O negócio é o seguinte: Rede social é gratuita, é livre e ilimitada, mas será que é preciso participar de todas as tendências virtuais do mundo???

Questionando o Mito do “Professor Nativo”

Desde que o mundo é mundo, paira sobre o ensino de línguas o mito de que um professor nativo é melhor que um professor local (isso inclusive ocorre na área de Interpretação). Independentemente de sua formação (ou de ter qualquer formação!), o cara que nasceu em país falante de inglês ou espanhol, ao chegar no Brasil, ganha instantaneamente mais credibilidade do que nós, que suamos a camisa para aprender um segundo idioma!

Daí chega o aluno na secretaria da escola e pergunta: “Mas eu vou ter aula com professor nativo? Porque eu acho super importante!”

A primeira resposta que eu gostaria de dar seria: “Sim, são todos nativos do Brasil!”. Mas, como ninguém está podendo destratar cliente, eu acho interessante explicar os motivos que me levam a bater o pé e dizer que apenas o fato de “ser nativo” não faz ninguém melhor professor.

imagesPrimeiro: para ser professor de línguas, não basta ser falante. Mais do que isso, é preciso estudar (e muito!) técnicas de ensino. Para alunos de nível Elementary, as técnicas são diferentes das usadas para alunos Advanced. Há toda uma escolha por trás de como o professor dá sua aula: A ordem dos exercícios, as perguntas feitas, a correção dos erros, a escolha de palavras, etc.

Segundo: uma pessoa que aprende uma segunda língua tem mais consciência do processo de aprendizado e sabe melhor as necessidades e expectativas do aluno, já que ele já esteve em seu lugar.

Terceiro: se um brasileiro que não tivesse estudado formalmente o português além do ensino regular fosse para os EUA, por exemplo, você acha que ele teria conhecimento suficiente das regras de sua língua a ponto de ser capaz de explicá-las? Pois é, nem eu! O tal Nativo é, às vezes, um cara que saiu de seu país sem conhecimento formal de seu idioma.

A diferença entre saber uma língua como falante nativo e saber uma língua como estudioso é bem grande e precisa ser considerada! Portanto, não se iluda! Professor bom mesmo é aquele que tem formação na área de Ensino, seja ele nativo ou não.